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Esta comunidade, fundada entre 1837 e 1843, originou-se de um grupo de negros escravizados que fugiram das "fazendas formigas" e se estabeleceram na fazenda Data Campo Grande.

Desenvolvimento

A comunidade Salinas é um exemplo vibrante de resistência cultural e social. Composta por 117 famílias, sua sobrevivência baseia-se na cultura e na agricultura familiar. Em 2011, a comunidade ganhou reconhecimento oficial ao ser inserida na Ordem do Médio Cultural Brasileiro, através da Associação Quilombola, fundada em 1997.

Um aspecto central da cultura de Salinas é o Samba de Cumbuca, uma tradição com mais de 100 anos, conforme relatos dos griôs e anciãos locais. Este samba não é apenas uma dança ou um estilo musical; é uma expressão viva da história e da identidade da comunidade. Em 2021, o Samba de Cumbuca foi declarado patrimônio vivo do Estado do Piauí, refletindo sua importância cultural.

Além do Samba de Cumbuca, a comunidade celebra o Reisado, uma tradição que acontece anualmente de 25 de dezembro a 6 de janeiro. Estas festividades envolvem toda a comunidade, desde os mais idosos até as crianças, em uma série de rituais e performances que incluem danças, músicas e ornamentações tradicionais.

A história da comunidade quilombola Salinas é uma narrativa de resistência, identidade e transmissão cultural. Como afirmado por Maria Florempino, uma participante ativa da comunidade desde a infância, o Samba de Cumbuca e o Reisado são mais do que simples tradições; são a essência da vida comunitária, passadas de geração em geração. A história de Salinas e suas tradições culturais são exemplos vitais da riqueza e diversidade do patrimônio cultural brasileiro.

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